Vida, sem rumo, sem prosa nem verso.


É difícil não saber o que há por vir, se algo vai mudar, algo
acontecerá. As coisas vão mesmo melhorar? Isso é muito difícil. Estou me sentindo podada, como se tivessem arrancado minha alma, mas só metade se foi e ainda resta uma metade. Esta metade aqui, a que ficou, não foi a melhor. Definitivamente, não. É a metade que se parece com botões sem função. Eles estão ali, mas não sabemos pra que serve, não tem como saber pois nada indica. Nada! É a metade indecisa, sem ação, a que quer muito muita coisa, mas que não sabe nem por onde começar. A metade que faz acontecer se foi, pra bem longe, não sei bem pra onde, mas sei que se foi, que ela não está aqui e nem sei quando volta... se é que volta. Ah sim, a terapia... terapia não é exorcismo! Então, meu bem... há de demorar muito pra surtir algum efeito real em mim. Ando pensando em mil coisas que possam me auxiliar. Fazer alguma coisa, algo que eu não precise me comprometer pessoalmente com o resultado, que eu apenas faça e ganhe dinheiro com aquilo. Gosto muito de escrever, mas minha fonte está seca. Vejo muita coisa, ouço, leio, mas pouco consegue sair de mim. Ando frustrada, ansiosa, empurrando-com-a-barriga e sei que isso não é o melhor a ser feito. Minha criatividade está precisando ser acordada. E tudo volta ao mesmo ponto. E eu nem sei exatamente o que escrever... porque em verdade, me sentei aqui, pretendendo escrever uma crônica, mas na hora de escrever... trava tudo!

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