Escolhas

Bom, agora estou livre. Me sinto livre... não perdida, livre. Posso fazer escolhas, posso ser escolhida, posso ir e vir. O que me reduz, o que me leva ao início, é saber que isso acaba onde sempre acaba, na falta de recursos para fazer acontecer.

São muitos sonhos, muitas vontades, mas só posso escolher uma coisa. Uma coisa de cada vez. muita calma nessa hora. Porque ser impulsiva já me fez querer voltar atrás e todo mundo sabe que podemos nos arrepender, mas não devemos. Simplesmente por termos que assumir todas as responsabilidades que envolvem uma escolha. Todas. Por isso, estou pensando muito bem nas responsabilidades que provavelmente assumirei em cada passo que der em direção ao futuro, preciso fazer boas escolhas quando puder decidir por mim, quando não tiver alguém para decidir.

Chefe decide o que você faz, mãe decide (mesmo que você já seja bem crescidinho), pai, irmão, filhos (quando você tem que reorganizar todos os seus horários para atender aos horários deles)! De uma forma ou de outra, essas pessoas que fazem parte do círculo de convivência, ou o que chamamos de comunidade, decidem por você! Sabe porque você tem que sair pro trabalho uma hora antes? Por causa do trânsito, é péssimo e você precisa chegar na hora. É a comunidade decidindo a hora que você pode sair de casa...vejo assim.

Tem coisas que não tem como escapar, é melhor seguir o fluxo, porque você faz parte do todo e ainda assim, é minoria. No momento em que se pode fazer escolhas, fazer conscientemente. Não votei em presidente algum, sério. Anulei. Eu não pude escolher entre um e outro, pois não me convenciam... anulei e segui o fluxo! É a sociedade decidindo por mim, mas nesse caso eu preferi não fazer parte disso, não tomar partido. Quando se está ciente, ok! O problema é ser levado o tempo todo, seguir o fluxo o tempo todo. É preciso analisar a situação e perceber o quanto você está fazendo por ela. Fazendo, ou não, escolhas.

A mente tranquila, a consciência limpa e as boas atitudes são parte dessas escolhas. É mais fácil fazê-las quando você sabe que está fazendo o melhor que pode, ou que está se esforçando. Ou até, que não está se esforçando o suficiente por algum motivo, e qual motivo é esse. Perceber-se injustiçado é outra coisa... sua consciência está limpa, analise o outro (o que cometeu a injustiça) e você logo saberá o motivo. Construímos e desconstruímos as pessoas à medida que o tempo passa. As cohecemos e o tempo vai nos mostrando, em seus detalhes menores e mais imperceptíveis, quem verdadeiramente é. E uma coisa sobre pessoas, aprendi: somos todos egocêntricos. Não me excluo, mas como boa cristã e boa observadora de mim mesma, tento domar meu egocentrismo. Pessoas traem quando acham que isso é melhor pra ela, mentem, escondem, dissimulam. Ego! As pessoas são egocêntricas o suficiente para sabotar alguém discretamente, só para proteger outro alguém. São egocêntricas o bastante para construir uma imagem sua, distorcida, para os outros. E são acima de tudo, capazes de fazer isso, pensando muito nos detalhes e depois se arrependerem. Ou não. Como tudo na vida... E você, só você pode escolher aceitar isso, ser igual ou mudar.

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