Pediu ajuda. A Grande Mãe nunca falha, ela lhe disse que saberia a resposta, que tudo viria a partir do momento que a verdade agisse no coração.

Assim, numa madrugada, acordada pelo vento forte que batia na janela, se lembrou da Mãe, ajoelhou-se próxima à cama e pediu que lhe fosse mostrada a verdade. Convocou Artemis, a deusa da caça, da lua, da magia, a deusa que pra ela representa a verdade absoluta. Ali, adormeceu.

Durante o dia, uma forte angústia a abateu. Angústia intercalada com a certeza de que aquilo passaria. Mas naquele momento, parecia eterno, não passou. Ao chegar em casa, preparou seu alimento e foi ter com a natureza. A Lua, aquela domadora de humores, marés e paixões, ainda estava escondida "Mas sei que você está me ouvindo!". Pediu que a verdade limpasse seu coração, que o passado passasse de vez e que tudo fosse esclarecido, e novamente, convocou Ártemis, que a acalmou dizendo que tudo passaria, agora que a verdade dela iria ser revelada a ela mesma.

Voltou pra dentro de casa, em paz. Deitou-se para dormir e percebeu que a felicidade era ter o que ela tem, e que o que ela tem, ela não possui, que a energia vem e vai...

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